domingo, 30 de outubro de 2011

Nossa amiga Chica! quanto orgulho!

Nunca deixaria de homenagear minha querida amiga Chica por esse reconhecimento, merecido e oportuno.
Vejam o comentário que ela recebeu em seu blog "Coisinhas da Chica".
Fiquei tão contente que reproduzo aqui para que meus amigos (e muitos são amigos dela também) possam dividir comigo essa alegria.
Isso merece uma comemoração. Peguem as taças, copos, canecas, o que quiserem! Vamos celebrar a Chica, que faz nossos dias um tantinho mais alegres, mais emocionados, mais divertidos.
Parabéns amiga, tim-tim ...mais sucesso ainda!!!
Agora vejam. . .




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Parabéns pelo seu Blog!!!
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Um forte abraço,
Dário Dutra

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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Um tio, dois tios...

Preciso pedir desculpas pela falta de comentários nos blogs amigos, mas meu computador continua transtornado, e eu mais ainda! um dia isso passa...


Eu tive um tio implicante, um tio alcoólatra, um asmático, um lindo de morrer - e que morreu muito cedo - e um subjugado pela mulher.
Tive também um tio mal humorado, um pobre demais, um que não vinha em casa sem trazer os bolsos cheios de balas (o asmático).
Desses tios apenas um está conosco. É o tio gordo e guloso, cardíaco e muito religioso.
Mas o que mais tenho saudade é do tio alcoólatra. Ele deixou de beber bem antes de morrer, recuperou-se para não dar vergonha aos netos - segundo contava - e também para manter-se lúcido e útil após a morte de minha tia, sua mulher.
Era um homem encantador. Cabelos crespos, rosto redondo, sorriso de dentes pequenos como os de meu avô.
E como meu avô ele gostava de tomar vinho. Irmão de minha mãe, eram muito amigos e compadres.
Teve quatro filhos homens tentando ter uma menina.
No último parto minha tia deu um basta! - não fico mais grávida, sei que será menino!
E ficou decretado aí o fim  do grande sonho de ter uma menina, como eu...que ele amava e cobria de mimos.
Me carregava, jogava pro alto, beijava e fazia cócegas. Levava no armazém para comprar doces, penteava meus cabelos, e dizia sempre, sempre que me abraçava:-  minha menina linda!
Com o passar do tempo fui amadurecendo e percebia quando ele estava embriagado, isso me inibia, mas ele insistia em me beijar, me abraçar...contar historias de quando eu era criança.
Eu não gostava de encontrá-lo nesse estado, sofria com minha tia e primos, mas tinha uma grande pena  daquele homem bonito e carinhoso.
Quando meus filhos nasciam  esperava uns dias e ia visitar-me, levando sempre um pedaço de tecido, como era costume, para que eu fizesse lençóis ou fronhas para o bebê.
Quem sabe uma colcha? sugeria ele com sua voz doce e baixa...
Ao atingir os cinquenta e tantos anos parou de beber, parou de andar muito pela cidade e - tenho certeza - perdeu o brilho do olhar, a lucidez o incomodava,  a vida já não tinha tanta graça.
Quando morreu eu estava longe, morando em outra cidade, papai me avisou muito tarde, já não havia tempo de chegar.
Hoje me lembrei bastante dele ao ver um anexo que recebi de um amigo. Há pessoas que passam pela nossa vida tão de leve, tão ao largo, que mal nos lembramos de seu olhar, de seu sorriso.
Meu tio "Zé" não foi assim. Ele marcou, passou bem ao lado, segurou em minhas mãos inúmeras vezes, beijou meu rosto outras tantas. Difícil esquecer, fácil sentir saudade e vontade de voltar a abraçar e ficar quietinha, enrolada em seu colo, sentindo seus dedos em meus cabelos.
Esse foi meu tio preferido - entre tantos- um dia falo do asmático, do gordo, do mal humorado, do lindo...
Ah! e tem também aquele que a mulher mandava nele, e como!
E acreditem, eu adorava aquela tia...fofa demais!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O que será isso?


Sentou-se com o livro ao colo, cansada da lida diária,  planejava ler algumas páginas, em paz.
Mas uma sensação de presença, de não estar só, teimava em deixa-la incomodada.
O que será isso?
Ao mesmo tempo tão nostálgico e tão alegre?
Saudade? Dificil definir saudade, totalmente saudade. Brutalmente saudade.
Será isso? Essa sensação de que não se está sozinha, mesmo quando a pessoa não está mais?
E quando a saudade é de um lugar, uma praia, um sitio? É outro tipo de saudade?

E quando você se pega observando um casal idoso, de mãos dadas, conversando e caminhando pelo shopping?
Aquela emoção tão profunda, aquela impotência que dói, é também saudade?
Ou será quando os netos sorriem e você pensa que tudo poderia ser mais perfeito, mais completo, se você pudesse dividir com seu amor, isso é saudade?
Quando você sente um cheiro,  experimenta uma bebida, lambe um sorvete, e tem a impressão de que já viveu isso com alguém muito amado? Isso também é um tipo de saudade.
Quando voce olha para os filhos e vê o ontem, vê como foi e adivinha como será - igual ao pai? igual à mãe? - sim...isso é saudade!
É aquela certeza da continuação, da semente bem plantada, dos frutos perfeitos brotando, mas apenas um colhendo.
É uma saudade doce, cheirosa, bonita.  Brutal, dolorida, que sangra.

Era nisso que ela pensava ao sentir-se acompanhada na hora da leitura. Na hora da paz.
Não estava só...o causador de tanta saudade estava ali, olhando para ela e sorrindo seu sorriso maroto e carinhoso, e certamente pensando:- ela continua sonhadora, essa mulher não vai mudar nunca?

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Aquele beijo (nova novela da globo rsrsrsrs)

Amigos lindos e queridos demais, dessa vez fui nocauteada por um vírus poderoso, raro, como tem que ser mesmo um vírus que se preze.
Escrevo do notebook de minha filha (coisa mais esquisita) portanto me perdoem prováveis erros ou falta de assentos.
O meu infeliz companheiro está lá...num canto de uma oficina tecnica, esperando ser atendido.
Assim que ficar livre do tal meteoro, com cauda de cometa, muita purpurina e metido a besta, prometo que volto imediatamente para avisar voces (cade o assento do chapeuzinho?).
Como desse aparelho nao (também nao acho o til) consigo postar foto ou ilustracao (sem cedilha kkkkkk) fica entao uma postagem sem graca nem colorido, muito menos assentos e pontuacoes.

Aquele beijo para voces com muito carinho e saudade. (adoro plagiar a Globo, um dia ela me processa!!!).

Deixo de ser exibida e fecho essa maquininha estranha com muita saudade e meu pedido de desculpas.
Até breve,  espero...

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Primaveras no portão


As ruas empoeiradas e esburacadas do bairro pobre tinham até uma certa poesia.
Eram íngremes, com muitos terrenos baldios e mato alto.
O bairro era novo, muitas árvores e poucas casas.
Gente simples - demais - mas também digna - demais!
Crianças brincavam livremente entre a poeira, nunca importunadas pelo medo, ou pelo carro inesperado numa curva.
Eram tempos de paz, de ir à missa aos domingos, ao parque de diversões no sábado, ao circo quando chegava anualmente.
Tempos de sentar ao portão para conversar, grandes rodas de amigos, à noite, rindo e falando alto. Nem sequer um vizinho irritado exigindo silencio.
Tempos de cercas de madeira, bem baixas, fingindo proteger casas humildes e seus jardins de roseiras, dálias e cravos.
Como esquecer das margaridas e girassóis.? E também as primaveras que subiam pelo arco de bambú colocado sobre os portões.
Era tão lindo quando florescia!
No sábado à tarde a rua cheirava a bolo, pão caseiro ou acúcar derretendo para a calda do pudim.
Tempo de inocência e de grandes sonhos. Da primeira paquera e da primeira desilusão. Dos grandes e inesquecíveis amigos:
A Vera da casa de frente, a Halina logo acima, a Nena vizinha, a Celina irmã do Quinca e como chamava-se mesmo a neta da dona Ana, logo abaixo?
E a sobrinha da professora Alice, da esquina, que visitava a tia nas férias? Regina!
O Edison morria de paixão nas férias e depois morria de saudades no resto do ano.
Um bairro. . . apenas ruas poeirentas quando não chovia, e barrentas depois das águas. Um armazém...uma farmácia.
Uma igreja que tocava Ave-Maria às seis da tarde e enchia as casas de paz e nossos corações de fé.
Quanta saudade!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O temporal


Quando a tempestade passou, e a garota conseguiu finalmente sair de seu abrigo -  um toldo bem vindo que deixava molhar só os pés - o primeiro pensamento foi para seus irmãos.
Onde estarão?
Fazia tempo havia saído para comprar pão - a padaria tão longe! Sentiu o vento frio, e olhando para o céu percebeu as nuvens escuras, mas precisava comprar o pão. O que sabe sobre tempestades uma garota de 10 anos?
Mas quando saiu da padaria, o pão enrolado em papel, embaixo do braço, sentiu o medo de sempre tomar conta de seu corpo frágil.  Esse medo a acompanharia pela vida toda. Raios, trovões e muito vento.
Correu bastante, conseguiu se esconder no toldo da farmácia, com muitas pessoas espremidas procurando abrigo.
E a chuva foi cruel, barulhenta, assustadora. E a menina encolhida, com o pão para a sopa das crianças embaixo do braço, e o vestido colado ao pequeno corpo molhado e trêmulo.
Que medo! E onde estarão as crianças?
Assim que veio a "estiagem" correu mais, subiu a rua de casa, entrou como uma raio de temporal atrasado  e viu seus pequenos irmãos assustados, deitados em suas camas, chorando de pavor.
O que sabe uma menina de 10 anos? chorar junto, é claro!
Contar a eles a aventura de andar pelas ruas de enxurrada, esconder-se sob o toldo, torcendo para que eles estivessem bem...
E eles estavam - puro alivio - poderiam comer o pão com a sopa rala que só ela sabia fazer.
Porque as mães vão embora tão jovens e deixam seus filhos entregues aos  raios e  tempestades da vida?
Como pode uma menina de 10 anos explicar isso aos irmãos assustados e famintos, esperando o pão?
Perguntas que até hoje assombram a menina, hoje velha, mas que ainda sofre quando chove forte e não sabe onde estão seus filhos e netos, nem seus irmãos.
Encontrarão um toldo para  se protegerem dos raios e salvar o pão?